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Os maiores desafios para os negócios de impacto social e ambiental no Brasil

Empreendedores que se dedicam a questões de impacto social e ambiental são a chave para a solução dos problemas do mundo no futuro. É o que defendem as criadoras da plataforma Pipe.Social, uma vitrine para negócios desse tipo. “Estamos em um caminho sem volta”, defende Carolina Aranha, cofundadora da ferramenta. “Sou bem otimista em relação a isso. E a boa notícia é que o Brasil que acompanha essa tendência.”

Com o objetivo de oferecer um raio-x do segmento no país, elas lançaram nesta segunda-feira (12/06) o “1º Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental”. O estudo ouviu empreendedores de 579 negócios, nas cinco regiões do país e descobriu que o primeiro desafio de quem empreende na área é conseguir investidores.

Quando um empreendedor lança uma startup de impacto social e ambiental, o mais provável é que recorra a pessoas próximas para conseguir financiar sua empresa. A pesquisa revela que 25% das empresas já recorreram a essa fonte de capital, conhecida como “Family, Friends and Fools” — ou simplesmente “3 Fs”. Em segundo lugar, estão aceleradoras e incubadoras (11%). Depois, investidores-anjo (9%).

O problema é ainda maior nas fases iniciais do negócio — justamente quando há grande necessidade de recursos. É o paradigma do ovo e da galinha, nas palavras de Carolina Aranha. Investidores tendem a preferir empresas em estágio mais maduro. Ao mesmo tempo, para chegar a um estágio maduro, as empresas precisam de investimento.

A Pipe.Social aponta diversos fatores como motivos para o receio dos investidores. A alta remuneração em investimentos de baixo risco no país é uma delas. Com a taxa básica de juros, a Selic, em 10,25%, por que o investidor vai se arriscar? Além disso, muitos investidores têm a percepção de que os negócios não estão prontos para receber investimento. “Vemos desconexão em termos de expectativas e realidade”, diz Carolina.

A pesquisa mostra que 40% das empresas do segmento têm menos de três anos de atuação. Na análise geográfica, a maioria (63%) está no Sudeste; 20% no Sul; 9% no Nordeste; 3% no Norte; e 3% no Centro-Oeste. Os negócios de impacto social na área da educação representam 38%; em tecnologias verdes, 23%; cidadania, 12%; saúde, 10%; finanças sociais, 9%; e cidades, 8%. A maioria dos negócios (70%) está formalizada. Noventa por cento tem equipe própria acima de dois funcionários (19% delas, acima de dez funcionários).

Há ainda uma desigualmente de gênero bastante acentuada. Enquanto 58% das empresas foram fundadas somente por homens, 20% possuem apenas mulheres como fundadoras. Pior: essa diferença aumenta em estágios mais maduros das empresas. “Essas mulheres hoje também tendem a ter menos invesmento”, diz Lívia Hollerbach, cofundadora da Pipe.Social.

Confira o infográfico com os dados:

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Fonte: http://epocanegocios.globo.com

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