Bancos poderão fiscalizar crédito rural com drones e fotos de satélite
Em sua newsletter “Conexão Real”, o Banco Central lembra que a partir de 1º de julho entram em vigor novas regras para a fiscalização do crédito rural. Antes realizadas de forma presencial, as instituições financeiras poderão utilizar tecnologias como drones ou fotos feitas a partir de satélites (sensoriamento remoto) para fiscalizar a aplicação dos recursos.
“Essa é uma nova forma de as instituições fiscalizarem suas operações, incorporando tecnologias bem mais modernas, como sensoriamento remoto e georeferenciamento”, diz o chefe do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro do BC, Cláudio Filgueiras.
“O que nós estamos fazendo é permitir que esse tipo de tecnologia seja utilizada. Hoje em dia, com a modernização, nossa estimativa é que haja uma redução de 75% no custo de observância”, ressaltou.
Segundo o BC, no processo de fiscalização, as instituições financeiras também poderão consultar as bases de dados de várias fontes, inclusive aquelas disponibilizadas por órgãos do governo e realizar acompanhamento das operações por meio de dados disponibilizados pelo Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor).
As novas normas também mudam o valor dos financiamentos nos quais a fiscalização individual é obrigatória. Até então, todas as operações acima de R$ 250 mil (recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf) ou de R$ 300 mil (demais operações) tinham de ser fiscalizadas. Com a nova regra, o valor para fiscalização individual obrigatória passou para R$ 800 mil. Tomando como referência a safra 2016/2017, esse valor corresponde a 1,3% do total de contratos, mas que representam 56% do montante dos valores financiados.
FONTE:Geo Direito