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Construção civil mostra sinais de melhoria e mais investimentos

A cadeia produtiva da habitação, que começa na construção civil e termina no mercado imobiliário, foi impactada pela crise econômica deflagrada no País, sobretudo, desde 2015. Mas empresários do setor afirmam que “o pior já passou”. Indícios de recuperação começam a ser identificados, tanto no comportamento das construtoras, que retomam os lançamentos e projetam crescimento para o ano que vem, quanto nas vendas mediadas por correspondentes e imobiliárias.

A C&A Construtora projeta crescimento duas vezes e meia maior no próximo ano, com relação a 2016, quando foram entregues 772 unidades habitacionais, processos iniciados há 3 anos. Atualmente, há 16 empreendimentos em obras na cidade. “Está muito claro para nós que o pior momento já passou. Ao contrário das demais empresas, que sentiram os efeitos da crise já em 2015, fomos impactados apenas no início deste ano”, disse Eduardo Klaus, gerente comercial da empresa.

A prévia operacional do trimestre passado, divulgada em outubro pela MRV Engenharia, indica crescimento de 18,7% na venda líquida, com relação ao terceiro trimestre de 2015. Entre julho e setembro desde ano, 183 mil vendas foram contratadas em Minas Gerais, o que corresponde a 13% do total, de 1.368 milhões – recorde de vendas desde o quatro trimestre de 2014. No terceiro trimestre de 2016, foram lançadas 5.505 unidades – queda de 26,1%, com relação ao mesmo período de 2015, quando foram lançadas 7.452, em função da greve dos bancos.

Segundo o diretor comercial da Rodobens Negócios Imobiliários, Amilton Nery Júnior, a empresa não fez nenhum lançamento em Uberlândia desde 2013, quando começaram as obras do residencial Torres do Sul, com 252 unidades. “Atualmente, a empresa desenvolve estudo de viabilidade em Uberlândia, verificando as condições da cidade para receber empreendimentos de médio e alto padrão, mas também fatores externos, como políticas econômicas e oferta de crédito. Aguardamos o momento ideal, mas devemos fazer novo lançamento em 2017”, disse Amilton Júnior.

O presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon – TAP), Pedro Spina, disse que recuperação da construção civil deve ser lenta, pois depende da oferta e do acesso ao crédito, da recuperação dos postos de trabalho, entre outros. “Mas podemos afirmar com confiança que o pior já passou. Projetamos uma melhora efetiva do mercado para o segundo semestre de 2017 e algo mais considerável para 2018”, afirmou Spina.

Especialista

Segundo o economista Rafael Nori, o quadro de melhora na área da construção civil acompanha os índices de confiança. “O setor de construção civil acompanha passo a passo os movimentos da economia, pois tanto contrata quanto demite muito rapidamente, já que envolve uma cadeia produtiva muito grande. Conta tanto com mão de obra qualificada, como engenheiros e arquitetos, quanto pouco qualificada, como servente de pedreiro – que são os primeiros a serem demitidos, mas também os primeiros a serem contratados”, disse o consultor financeiro Rafael Nori.

Vendas de imóveis também apresentaram aumento

Do outro lado da cadeia da habitação, a compra de imóveis, também já se observam sinais de recuperação, sobretudo, após medidas do governo federal. Uma delas foi ampliação das faixas de renda do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), para quem recebe até R$ 2.350, R$ 3.600 e R$ 6.500. A outra foi o aumento da margem de financiamento para 70% do valor de imóveis usados e para 80% do valor de novos, além do aumento do teto do valor de imóveis financiados de R$ 1,5 mi para R$ 3 mi.

A gerente de uma correspondente da Caixa Nilda Almeida disse que o fluxo de clientes na empresa aumentou cerca de 50% nos últimos três meses, primordialmente, para financiamentos do MCMV. “Fechamos, pelo menos, 20% de contratos a mais do que nos meses anteriores”, disse Nilda Almeida. A empresa, que havia demitido 29 funcionários desde 2015, contratou dois na semana passada.

Segundo o diretor-geral da Ivan Negócios, Vinícius Costa, o mercado vem reagindo nos dois últimos meses. “Tivemos cerca de 30% de crescimento no número de contratos assinados, com relação aos outros meses do ano. Este percentual não chega a indicar um crescimento, mas aponta para a recuperação do negócio”, afirmou Costa. Ele disse ainda que o financiamento vai além do MCMV, atingindo rendas maiores. “Na nossa empresa, 80% da venda é de imóveis de terceiros”, afirmou Costa.

Fonte: Secovi MG 

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